Minhas percepções sobre o mundo lá de fora e o daqui de dentro

terça-feira, 4 de maio de 2010

Ipiranga sempre foi Paulista?

Dia desses, só curtindo minhas férias em SP, resolvi ir até o glorioso museu do Ipiranga. Adoro história e, confesso, desde a sexta série do 2o grau (na minha época era assim que se chamava. Aliás, chamávamos mesmo de ginásio) não visitava o local. Eis que para minha surpresa, não foi só o segundo grau que trocou de identidade. O Museu do Ipiranga (agora?) se chama Museu Paulista da USP. Pior, acho que ele se chama Museu Paulista desde sempre - ou ao menos desde bem antes de eu nascer - e nunca ninguém me avisou. Aliás, eu duvido que se eu entrar em um táxi e pedir para me levarem no Museu Paulista que o taxista vai acertar tão rápido quanto se eu falar Museu do Ipiranga.

Anyway, peguei minhas coisas e lá fui eu para um roteiro no Ipiranga, com parada obrigatória no Museu do Ipiranga. Ups, ou melhor, o Museu Paulista da USP. O museu está exatamente do mesmo jeito que eu lembrava: com as aguinhas dos rios nos corrimões de sua pomposa escadaria principal.

É claro que mudam as exposições lá dentro. Mas, Ipiranga ou Paulista, o lugar é muito legal. Tudo bem organizado, artigos e peças com legendas e textos que prendem a atenção do visitante. Tem desde coisas super chocantes, como anúncios de jornais do século XIX procurando, vendendo ou leiloando escravos, até curiosidades como a rua 25 de março antes do comércio popular tomar conta do lugar.

Aliás, uma das coisas mais curiosas (e nojentas) fica, senão me falha a memória, no último andar do museu, nas exposições de mobiliários e cotidiano da sociedade no final do século XIX. É fácil passar desapercebido por estas coisas, já que são de fina porcelana, enfeitando uma ambientada sala de visitas lá nos idos de mil oitocentos e alguma coisa. Mas, quando você lê a plaquinha, ecaaaaaa. As coisas a que me refiro são escarradeiras. Sim, nossos tataravós e os pais e os avós deles achavam chiquérrimo dar uma cuspidinha na frente de todo mundo. Como todo mundo fumava e devia ter "altos pigarros", as escarradeiras eram última moda na sociedade paulistana. Eca, eca, eca, eca.

Outra coisa bacana de dar uma olhada é a Coleção do Banco Santos que está guardada (e à exposição) por enquanto, por decreto da Justiça Federal, lá no Museu Paulista.

Sem preconceito de museu, heim, gente? Para quem gosta de história ou simplesmente quer fazer um passeio diferente, vale a pena. O Museu Paulista ainda fica num parque super bacana. Enjoy!

Serviço:
Museu Paulista da USP
Endereço: Parque da Independência, s/n.º - Ipiranga - Tel: (11) 2065-8000
Horário de funcionamento: De terça-feira a domingo, das 9h00 às 16h45.
Valor da entrada: R$ 4,00 (inteira)
Mais informações sobre preços e horários, clique aqui.

2 comentários:

  1. Muito bom, Dani! Seguro que vou anotar suas dicas!

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  2. Eba, Pri. Anote sim. E volte sempre. Ai, chiquérrimo inclusive, visita de Paris... rs

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Olá, pessoa,

Deixe sua mensagem! E obrigada pela visita e pela opinião!

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