Minhas percepções sobre o mundo lá de fora e o daqui de dentro

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Férias sem Paris

Estou de férias. Um mês. Para falar a verdade, nos últimos anos, acabei "desacostumando" de períodos de ócio do bem tão longos (ócio do bem - férias; ócio péssimo - sem trabalho). Para contar só de cinco ou seis anos para cá, foram dois anos freelando (ou seja, sempre que pintava trabalho, eu corria atrás - e quando não pintava, eu tava procurando alguma coisa) e outros quatro anos tirando períodos curtos - uma semana, duas, dez dias, no mááááximo 20 dias.

Um mês inteirinho de férias tem um significado tão importante que a gente se perde um pouco. Você é praticamente obrigado a fazer algo bacana. A voltar com histórias para contar para os outros que ficaram labutando enquanto você curtia sua vida boa. Afinal, teve a sorte de tantos dias de férias (sorte mesmo, é tudo de bom). Mas, se você começa a se preocupar muito com o "tenho que aproveitar" ou com os causos para contar para os colegas de trabalho depois, tirar férias compridas passa a ser um estresse - a obrigação de ter plano bacana, dinheiro para investir, momentos inesquecíveis, histórias engraçadas e roteiros exóticos. E depois, um mês de trabalho acumulado na sua mesa.

Fica meio assim: ou você faz uma viagem bacanérrima, longa e cara - tipo ir até a China, rodar pela Europa ou estudar inglês na Austrália; ou passa o mês na praia com as crianças; ou planeja/executa algo muito grande - tipo uma plástica, uma mudanças de endereço ou um casamento.

Pois é, mas isso, que fique bem claro, SE você se apavorar com a sua companhia ou SE você se preocupar mais com as fotos para mostrar do que com o sorriso do retrato. Por exemplo: eu. Consegui vinte e tantos dias de férias, praticamente trinta. Em paralelo, nenhum dos casos do parágrafo anterior é o meu - já falo inglês, não tenho filhos, não quero rodar a Europa sozinha agora, não tenho grana para ir para China, não vou fazer plástica e nem me caso este mês. Viajar? Pensei em ir para Argentina ou para Santos. Talvez Serra Negra. Não sei. Nesses dias, meu único plano é deixar a vida me levar. Quero ir a lugares em São Paulo em que nunca estive, ou que já visitei há tempos. Passar um tempo com a família. Acordar ao meio dia numa segunda-feira brava. Assistir um filme na sessão da tarde. Andar pela Paulista sem ter medo de perder o ônibus. Encontrar velhos amigos. Fazer caminhadas pelo centro da cidade e conhecer tudo por lá. Acabar (ou pelo menos adiantar bastante) o tratamento dentário interminável. Caminhar no Ibirapuera. Andar de bicicleta. Arrumar meus armários. Reunir os amigos para uma pizza aqui em casa. Participar de todos os happy hours.

Independente da grana, dos dias ou das fotos, férias são sempre tudo de bom. Só depende de quem as tira. E tenho dito.

3 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderExcluir
  2. Dani, se vc conseguir fazer tuuuuudo isso e ainda arrumar os armários... Depois me conta o "segredo" pq os meus sempre ficam pras próximas férias!!! rssss Bjs Déa

    ResponderExcluir
  3. Olha, Déa, até agora, confesso, ainda não consegui arrumar os armários. Confesso tb que eles estão no final da lista... rsrssrsrs... mas se eu conseguir, te aviso. Rs... Bjs

    ResponderExcluir

Olá, pessoa,

Deixe sua mensagem! E obrigada pela visita e pela opinião!

LinkWithin

Related Posts with Thumbnails