Minhas percepções sobre o mundo lá de fora e o daqui de dentro

sábado, 29 de maio de 2010

Doutor, larguei o cigarro

Esta semana fiz aniversário. Não, não aniversário de idade. Mas completei 3 meses sem cigarro. Para quem fumou por 16 anos, como eu, é um feito e tanto. Nada heróico, é verdade. O tabaco já tinha começado a me prejudicar (para minha sorte, nada sério) e o susto, somado a uma decisão espiritualista e racional ao mesmo tempo, me fez decidir largá-lo de vez.

Parabéns para mim, mas sem ser xiita anti-tabagista: a decisão é de cada um e não existe nada mais chato do que alguém te enchendo o saco para parar. Mas que vale a pena, vale. Eu recomento. Abaixo, minha receita (que serviu para mim depois que eu conversei com a minha médica. Fale com seus médicos):

1 - Corte um cigarro por dia
2 - Quando chegar aos cinco, seis, estipule uma data
3 - Pare nesta data
4 - Se tiver alguma recaída, lembre o quanto foi difícil para largar tudo agora e pare de novo.
5 - Comemore cada dia sem fumar!!!

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Aperta o Play - edição maio/2010

Aperta o Play é o seguinte: muito orgulhosa por ter digitalizado minhas músicas (quase todos os meus CDs, ainda faltam uns 50), resolvi fazer uma brincadeira: apertar o shuffle do meu media player e comentar aqui as dez primeiras músicas que aparecerem. Falta de assunto? Pode até ser, mas como eu sempre adorei música, resolvi tentar... E quem sabe fazer isso todo o mês. Let's go:

1 - Balada do Louco, interpretado pela Rita Lee em seu acústico: gosto desta música em todas as suas versões: com Ney Matogrosso, na voz do Arnaldo Baptista com os Mutantes. Com a Rita, ganha uma modernidade paulistana, um traço feminino bacanérrimo. Adoro quando ela canta "se eles são bonitos, sou a Sharon Stone / se eles são famosos, I'm a Rolling Stone", adaptando a versão original à própria moda e colocando Alain Delon e Napoleão no passado mesmo. Mas o que amo mesmo é a letra, a coisa "Dizem que sou louca por pensar assim/ se sou muito louca por eu ser feliz / mais louco é quem me diz e não é feliz".

2 - Chão de Giz, com Zé Ramalho: Gestalt pura. Lembro muito da minha época de faculdade, dos dias deliciosos que passei paquerando na porta da FIAM, das muitas sessões de teatro universitário, das viagens com a galera. Sem nostalgia barata, mas com orgulho.

3 - Here comes the sun, Beatles: Fofa. Não é? Simplesmente assim: fofa.

4 - Não vou me adaptar, Titãs: Curto muito os Titãs. Aliás, acho que o mais perto que cheguei de ser uma tiete de verdade foi com eles. Eu ia em todos os shows, conheci os caras, entrava no camarim, pegava autógrafo. "Será que eu falei o que ninguém dizia / será que eu escutei o que ninguém ouvia?"

5 - Descendo o rio Nilo, Capital Inicial: Engraçado, acho que gosto mais de Capital na segunda fase do que na primeira. Nada a ver com música, apenas uma questão de momento mesmo. Essa, confesso, não é uma das minhas preferidas, mas, mesmo assim, presença obrigatória no meu "TOP 5GB" de músicas... rs...

6 - Somebody like you, Keith Urban: Acho essa música muito fofa e, confesso, apesar de nunca ter prestado muita atenção na letra inteira, adoro a baladinha do refrão dizendo "I wanna love somebody, love somebody like you".

7 - Lágrimas de Crocodilo, João Penca e Seus Miquinhos Amestrados: kkkkkkkkkkkkk... Já que é para ser honesto, ok, sejamos. Eu gosto. Dou risada, acho "leve", 80s total, quase cool, muito sacana, mas meio ingênuo. Ruim que é bom, sabe?

8 - Berimbau Metalizado, Ivete Sangalo: Taí a mulher que fez muita gente (eu, inclusive) levar o axé mais a sério. Morro de vontade de ver um show dela, deve ser bacanérrimo.

9 - Papai me empresta o carro, Rita Lee: Pura coincidência cair duas vezes Rita Lee. Engraçado, essa música me lembra minha pré-adolescência, era música de cantar no carro do meu pai. Bizarrices de família... rsrsrsrsrsrsr...

10 - Rock with You, Michael Jackson: Conto sempre essa história: Madonna e Michael Jackson vieram para o Brasil super perto um do outro. Eu só tinha grana para ir em um. Escolhi a Madonna. Apesar de o show dela ter sido o máximo, nem preciso dizer que minha curiosidade hoje me fez me arrepender da minha decisão, né? Não acho que ele era santo, mas ele, com certeza, era um gênio. Particularmente nas épocas de "I wanna rock with you / I wanna dance with you all niiiiiiiiiiiight".

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Vacaciones - mode off

Lembram-se daquelas férias sem Paris que comentei aqui no blog? Pois é, chegaram ao fim. Por um lado, infelizmente (afinal agora é vacaciones, modo off), mas por outro, sinceramente, estava com saudades. Sempre fui meio workaholic e acho que 30 dias foi o período ideal de folga: uma semana para correr atrás de um monte de coisas que não temos tempo (check up, banco, arrumar armário, etc), outra para viajar, outra para passear e a última para descansar. Perfeito. Claro que nada foi cronometrado a este ponto, mas, na média, dá para fazer um monte de coisas, sem cansar de descansar e sem continuar cansada.

Ok, é verdade: nem todo mundo pode se dar ao desfrute de ter férias tão longas. Eu mesma, confesso, não conseguia tirar férias de trinta dias corridos há tanto tempo que nem me lembrava mais da última vez que isso tinha acontecido. Quando conseguimos ainda tem a questão da volta: por mais competente que seja o time que trabalha com você, a gente acaba gastando um tempo maior para se atualizar do que o que gastaríamos se tivéssemos passado apenas uma semana fora. Mas, no geral, valeu muito a pena.

Curti amigos, viajei, dormi, vi programas femininos à tarde, li vários livros, fui no cinema no meio da tarde numa segunda-feira, conheci um monte de lugares em SP, criei este blog, conversei com amigos que não falava há séculos, digitalizei quase todos os meus mais de 300 CDs, twittei, respondi todos os meus emails pessoais, fiz meus exames de rotina, fui no dentista, fiquei um monte de tempo com a minha sobrinha linda, andei no Ibirapuera numa tarde de quarta-feira, fui fazer compras com minha mãe, saí para jantar com amigos, enfim, adorei. Tudo de bom. Ok, não arrumei meus armários. Mas, de resto, foi tão bom que o retorno é ótimo. Nada melhor do que trabalhar muito depois de um descanso merecido (ok, o cúmulo do otimismo, mas férias boas são as que a gente tem um emprego para o qual voltar, já disse isso aqui... rs).

Ainda tenho uns causos para contar das férias, tanto de SP quanto de BsAs, mas vou atualizando vocês com o tempo.

domingo, 23 de maio de 2010

Cantinho da Su

Como muito de vocês já sabem, minha mãe amada, Sueli Giuntini, vende roupas femininas e acessórios há bastante tempo. Com preços camaradas, alta qualidade, tamanhos variados e peças para todos os gostos.

Agora, ela e minha irmã querida acabam de lançar um site do Cantinho da Su: http://www.cantinhodasu.com.br. Tudo em 5 vezes sem juros, entregas garantidas, preços super justos e um monte de coisas bonitas te esperando. E o melhor: seja você magrinha ou gordinha, lá tem alguma coisa que é a sua cara, com certeza.

O que tá esperando?

Ah, para quem curte bijous, também tem um monte de coisas fantásticas no site. Como este bracelete sobreposto aqui do lado que custa a bagatela de R$5,00. Isso mesmo CINCO REAIS. E vários outros itens.

Visite e compre agora mesmo!




Um pouco da história do Cantinho da Su

O Cantinho da Su surgiu de uma necessidade aliada aos profundos conhecimentos de moda e à criatividade de sua criadora, Sueli Giuntini. Há quatro anos, quando a empresa familiar de mais de 35 anos da qual era vice-presidente passou por um revés, Sueli se viu obrigada a iniciar uma nova etapa em sua carreira. Poderia apenas trocar de companhia e continuar no mesmo ramo: convites não faltavam. Mas não. Ela preferiu agarrar a oportunidade para seguir seu sonho: voltar ao mundo da moda.

A empresária, que já tinha sido sócia de uma boutique infantil na rua Augusta nos áureos tempos da região, voltou a visitar as confecções com as quais nunca perdera contato e investiu um capital pequeno – e, naquela altura, bastante precioso para ela – em blusas femininas. Chamou as amigas, vizinhas, parentes e em pouquíssimo tempo já tinha revendido tudo.

Sempre praticando preços justos e contando com as últimas tendências da moda, Sueli ganhou o carinho apelido de “Cantinho da Su”. Atualmente, revende peças de roupa feminina e acessórios para executivas, professoras, donas de casa, médicas, dentistas, psicólogas, esteticistas, diretoras, bancárias, secretárias: sua carteira de clientes conta com mulheres de todas as idades e classes sociais que possuem os mais variados gostos, tamanhos e necessidades.

Para atender a um pedido de suas clientes, Sueli decidiu então, junto de sua filha, criar o website de e-commerce Cantinho da Su. “Queremos aumentar nossas revendas e estender os benefícios de nossos preços para mulheres de todo o território nacional”, comenta Sueli.

Para saber mais sobre o Cantinho da Su, visite http://www.cantinhodasu.com.br. Ou então, se preferir:

Em Buenos Aires, ande por Palermo

Está em Buenos Aires? Vai à cidade em breve? Pois bem, pegue um táxi, ônibus ou metrô e aproveite para caminhar pelas ruas charmosíssimas do bairro que a revista Viagem deste mês elegeu como melhor da capital portenha: Palermo.

As lojas, é verdade, são bárbaras de preços para quem está acostumado a comprar nos Jardins ou em shoppings fora do circuito C&A - Riachuelo - Renner. Para quem procura marca e qualidade, o lugar é aqui. Mas há também, aos finais de semana feirinhas de rua, com quinquilharias a preços bem convidativos. Além de lojinhas super diferentes.

Foi por causa da matéria de capa da Viagem que me interessei em visitar Palermo desta última vez que estive em BsAs. Mas não foram as lojas que me encantaram. O bairro, suas ruas de paralelepípedo com marcas de trilho para bondes, os prédios e casas numa arquitetura harmoniosa. Tudo isso faz de Palermo um (novo) roteiro obrigatório para visitantes da capital argentina. Juro que ao ver algumas placas de "alquilar" (alugar em espanhol), fiquei tentada em perguntar o preço dos imóveis. Parece uma mistura de Móoca com Upper East Side, um bairro realmente charmosíssimo mas, ao mesmo tempo, com uma atmosfera familiar, meio italiana, meio espanhola.

Ainda em Palermo, à noite aproveite para visitar Palermo Hollywood. Não consegui ir, mas, palavras de uma argentina amiga minha que mora em Buenos Aires: vale a pena para badalar um pouco. Como os argentinos são lindos e o bairro também, deve realmente valer a pena.

Volto com alguns outros posts sobre Buenos Aires em breve!

sábado, 22 de maio de 2010

Google e seu PacMan

Lembro-me do Pac Man ainda em épocas de Atari e, um pouco depois, de MSX. Adorava. Ontem, o "papa tudo", "come come", ou seja lá qual apelido você prefere, virou balzaquiano: completou 30 anos. E, confessemos: só ficamos sabendo porque metade do mundo que entra no Google todo dia se deparou com o logo do site fantasiado de joguinho. Aliás, ele continua lá - fazendo-nos tirar o som do PC (sim, a musiquinha é um pé) e esquecer o que tínhamos ido buscar.

Bom PacMan para vocês!

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Perdida? Que nada, tô LOST mesmo!

Este mês, impossível não falar de Lost. Nunca falei neste blog especificamente, mas sou uma aficcionada por séries, faço coleção de DVDs, adoro, amo, sou apaixonada. Como não tenho tempo ou disciplina para acompanhar as séries enquanto passam na TV, espero o DVD sair e tudo certo - vejo depois. Foi assim com Friends, E.R., A Feiticeira, Jeannie é um Gênio, Sex and the City, Seinfeld, Samantha Who, etc, etc. E está sendo com Big Bang Theory, The new adventures of old Christine, Two and a half men, entre outros.

Com Lost é diferente. Como perceberam acima, meu gênero preferido é a comédia, com rarasaparições de um ou outro drama, policial ou romance. Ficção e aventura? Nunca gostei. Nunca vi Smallville, não gosto nem de Charmed, acho chato. Opinião pessoal, claro. Até que minha irmã e meu cunhado tanto insistiram que, no final do ano passado, acabei pegando o primeiro box de Lost deles para "dar uma olhada". Viciei. Foi um, depois dois, três, quatro e cinco. Só que voltei ao problema original: não consegui acompanhar na TV e agora, às vésperas do episódio final, ESTOU CURIOSÍSSIMA.

Além de uma mera espectadora de Lost, sou jornalista, mulher, aquariana e ansiosa. Mais curiosa, impossível. Queria tanto que o final não fosse uma explicação besta (tipo "foi um sonho). Queria mais ainda saber as respostas às minhas perguntas. Tipo (lembrem-se, não vi nenhum episódio da sexta temporada): de onde vem a fumacinha? Os ursos polares? Quem é Jacob? De quem a Kate realmente gosta?

A Veja Online, antes do começo da sexta temporada, fez uma lista das dez perguntas que a série precisava responder (leia a matéria completa aqui). Entre elas, o que aconteceu com a Claire, o que é aquela estátua de quatro dedos, qual o segredo do Richard Alper, o que significam aqueles números, e mais.

Enfim, vou aguardar o DVD da última temporada. Enquanto isso, continuo totalmente lost. Ahhhh, mas uma coisa eu sei: segundo o IMDB, o DVD season six deve chegar ás lojas norte-americanas em agosto. Agora é torcer para vir para cá rapidinho também.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

O charme dos cafés de Buenos Aires

Além de camisa da seleção argentina, o que não falta em Buenos Aires são cafés. Talvez seja por eles que a cidade é tão conhecida como "Paris" da América do Sul ou a mais "européia" das cidades sul-americanas. Sejam eles inspirados no Velho Continente ou não, a verdade é que eles realmente enchem a cidade de charme e definem a personalidade da metrópole.

Engana-se quem pensa que o café é uma coffee shop. Adoro Starbucks da vida, mas o conceito dos "hermosos" cafés portenhos são totalmente diferente dos norte-americanos. Aqui, vale a escapada da rotina, vale apreciar um bom sabor no meio do dia. Lá, a rapidez com qualidade industrial. Mas não entremos nos méritos comparativos. Não quero eleger o melhor, e sim, mostrar as diferenças.

Quase todos os cafés de Buenos Aires ficam abertos desde bem cedo até altas horas da madrugada e pode-se fazer todo o tipo de refeição neles. Apesar de serem famosos por seus capuccinos e submarinos (leite bem quente oferecida ao cliente com uma barra de chocolate para ser derretida dentro do copo) que combinam perfeitamente com as famosas medialunas (nome dado aos croiassants na Argentina), os menus trazem uma variedade de pratos enorme que vão desde helados (sorvetes) até suculentos bifes de chorizo (uma espécie de contrafilé). É difícil enumerar todas as delícias gastronômicas destas charmosas fábricas de calorias de Buenos Aires, mas, além das já citadas, vale lembrar também as saborosíssimas empanadas e as pastas.

Mas então é só um bom restaurante? Não. A este menu, junte um charme vindo de uma atmosfera boêmia, misture com um estilo antigo (vale início do século ou da década), garçons bem vestidos, redes Wi-Fi, mesinhas na rua. Pronto. Coloque tudo em uma casa em Buenos Aires, com algumas pessoas super bonitas, turistas e um ou outro antipático (sim, faz parte) e está feito o seu café argentino.

Com certeza, o mais famoso de todos é o Café Tortoni, que existe há 152 anos e fica bem no centro da cidade, na Avenida de Mayo. Em meses de alta temporada, a fila na porta chega a uma, duas horas de espera por uma mesa. Além do passeio turístico, do café e da refeição, a casa ainda oferece espetáculos de tango em um salão separado. Para quem não se importa de esperar um pouco, é visita obrigatória, ponto turístico mesmo (e prepare-se para encontrar um mar de brasileiros).

Além do Tortoni, outro que visitei quando estive lá e gostei bastante foi o Café Santa Fé, situado na avenida de mesmo nome, no número 1234. Lá, encontre menos charme que o Tortoni, mas comida tão ou mais saborosa: tem empanadas divinas e sucos super bonitos.

Disfrute! Enjoy! Aproveite!

Dulce de leche?

Quem me conhece, sabe. Meu doce favorito? Qualquer um sem chantily e (bastante) doce de leite. Mas este post não é um sonho gordo. É apenas uma constatação para falar da quantidade de doce de leite (ou melhor, dulce de leche, como eles chamam) que enfeita, recheia ou vira sabor dos doces, alfajores, sorvetes, bolos e até chocolates na Argentina. Não sei o que me espantou mais: se foi descobrir como o tal "dulce de leche" é popular lá ou perceber que, apesar disso, a população em geral não é gorda. (Qual o segredo?????)

Constatação feita, fica a dica: quando em BsAs ou em alguma outra cidade argentina, não deixe de provar o dulce de leche. (Vai ser difícil evitar).

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Querido John

Channing Tatum surgiu sei-lá-de-onde e é um gato. Fato. Amanda Seyfried convence no papel de mocinha. Fato também. Os dois, mais um filme de um livro do mesmo autor de "Diários de Uma Paixão", devem dar uma ótimo romance. Igualmente, fato.

Juntando todos estes fatos e mais outros, lá fui eu para o cinema assistir "Dear John" (ou "Querido John" em português), em cartaz atualmente nos cinemas. O filme é realmente bem-feito, os atores convencem (há controvérsias), a história é redonda, mas... Fica um grande "mas" faltando no final do filme. Acho que talvez seja emoção ou novidade. Enfim, um filme que vale uma olhada quando passar na TV.

SERVIÇO
Querido John (Dear John)
Direção: Lasse Hallström
Com: Channing Tatum, Amanda Seyfried, Richard Jenkins e outros

Pipoca no cinema

Nestas férias, perambulei por vários cinemas da capital - todos da mesma rede, é verdade, vi filmes bons, filmes mais ou menos e filmes horríveis. Lembrei-me como é bom se reencostar em uma poltrona e entrar no clima de uma fantasia - seja de amor, de drama, de comédia, horror ou suspense. Tomar um refri, comer uma pipoca. Opaaaaaaaaaa! Lembrei-me também de como é caro comer pipoca no cinema. Um saquinho (na verdade, mega-sacos gigantescos) custa vários e vários reais. Na primeira vez do meu "retorno às salas de cinema", confesso, me assustei tanto que não comprei a pipoca. Se vc resolver olhar proporcionamente, a pipoca é muito, mas muito mesmo, mais cara do que o ingresso do cinema.

sábado, 15 de maio de 2010

Mi Buenos Aires querido

Pela segunda vez em menos de dez anos, visito a capital portenha, a Paris da América do Sul, a mais hermosa das capitais sul-americanas, Buenos Aires. Ao som de Carlos Gardel, com toque de vinho e muito dulce de leche, Buenos Aires é hoje um dos destinos favoritos dos brasileiros que saem de viagem em busca de roteiros no exterior. Acessível e próxima, a metrópole da Mafalda (Quino) é realmente uma ótima pedida – desde quem quer vir por um rápido bate-volta de final de semana, até para quem quer passar uma temporada na cidade estudando espanhol.

Mas, como comecei o parágrafo anterior, essa é minha segunda vez em Buenos Aires em menos de dez anos. Na primeira, a cidade esbanjava felicidade e esfregava na nossa cara a paridade do peso argentino com a moeda americana. Agora, depois de crises e panelaços, o dólar bate na casa dos AR$3,38, valendo menos que a metade do real. Por isso, agora vemos mais brasileiros e, infelizmente, mais pobreza. Nada que salte aos olhos dos menos atenciosos, mas, como qualquer cidade/país depois de um problema, Buenos Aires ainda conserva uma atmosfera de crise econômica.

Agora, a felicidade? Continua toda aqui. Não é uma felicidade acolhedora com turistas (nisso, eles realmente parecem os parisienses e nova-iorquinos). É uma felicidade patriótica, bonita de se conhecer. Com a proximidade da Copa do Mundo e a menos de duas semanas da comemoração de 200 anos de independência argentina, a capital está coberta de vitrines, camisetas, bandeiras, broches e corações azuis e brancos. (Ah, aqui eles acham que o Brasil tem uma equipe muito mais forte do que a deles – que o Dunga é ótimo.) É realmente incrível a quantidade de vezes que se avista a bandeira portenha. Vitrines e mais vitrines de camisetas oficiais até macacões de bebê brancos com faixas azuis.

No mais, Buenos Aires ainda é a mesma. Vinho, Carlos Gardel, dulce de leche, Boca vs. River, Mafalda, cafés e outros charmes. 

Para quem não sabe, estou em Buenos Aires (capital da Argentina, queridos, isso mesmo – ARGENTINA, e não do Brasil como um monte de gringos cismam em afirmar). Para quem demorou mais de dois dias para ler este post, já estou em São Paulo.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Cinemark Cidade Jardim

Durante estas minhas férias, resolvi experimentar o tão comentado cinema VIP do shopping Cidade Jardim. Ainda não ouviu falar? Eu explico: as quatro primeiras salas do Cinemark deste shopping são diferentes. Tudo nelas é especial - do preço à poltrona.

Bem mais caro (de R$35 a R$46, dependendo de dia e horário), as salas Cinemark Bradesco Prime garantem ao espectador poltrona de primeira classe, com lugar para copo e mini-mesa. Para quem vai com o namorado (a), ainda pode levantar o braço da cadeira e duas poltronas viram um sofá. Em paralelo, ao que tudo indica, em breve estará disponível serviços de garçom também.

A programação é geralmente composta pelos filmes do circuito mais pop de cinema - atualmente estão em cartaz "Alice no País das Maravilhas", "Querido John", "Homem de Ferro 2" e "Tudo Pode Dar Certo".

Vale a pena visitar. Mas atente-se: as salas costumam encher (até porque o número de ingressos é bem menor).

SERVIÇO:
CINEMARK BRADESCO PRIME - Shopping Cidade Jardim
Endereço: Av. Magalhães de Castro, 12000

terça-feira, 11 de maio de 2010

Agatha Christie

Sei que é vergonhoso, mas a verdade é que, até este ano, nunca tinha lido nenhuma obra de Agatha Christie. Muito ouvia falar, porém pouca oportunidade: nunca ganhei um exemplar, tampouco comprei. Em 33 anos, não li nenhum. Nos últimos três meses, li três. É viciante, escrito barbaramente bem.

Tudo começou muito sem querer. Estava olhando um catálogo de cosméticos e lá tinha (sim, meninos, catálogos de Avon tem de tudo - de batom à DVD) uma trilogia da autora. O preço estava legal, resolvi pedir. Chegou, eu deixei de lado e não mexi. Até que peguei "Assassinato no Expresso do Oriente". Li em um dia. Enquanto você não descobre quem é o assassino, não consegue largar o livro. O mesmo aconteceu com o "O Natal de Poirot". Agora, estou lendo "Cai o pano", a última aventura do famoso detetive da escritora, Mr. Hercule Portoit. Vale citar que "Cai o Pano" tem tradução de ninguém mais, ninguém menos que Clarice Lispector.

Para quem procura boa leitura, adora um suspense policial bem feito e não dispensa um texto bem escrito e uma trama redonda, beba direto da fonte: não é à toa que Agatha Christie é a terceira mais traduzida do planeta (segundo a Wikipedia, só perde para Shakespeare e para a Bíblia).

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Chico Xavier

O cinema nacional está cada vez melhor. E essa frase não é minha. Na verdade, ela está na boca do brasileiro. Cada vez mais, o público lota as salas de cinema atrás de filmes nacionais. E filmes de qualidade. O Brasil deixou de ser campo só de cinearte, fitas cheias de conceito para público intelectual e dá cada vez mais espaço para arte popular, filme que fala de todo o tipo de temática, dramas e comédias e aventuras e até ficção. Salve o cinema brasileiro!

No entanto, foi menos pelo motivo nacionalista e mais por ser o filme em cartaz que mais me interessou (e mais ainda por admirar quem ele foi) que eu segui para o cinema na última sexta-feira para assistir Chico Xavier. Resumo em uma palavra? Comovente. Em uma frase? Tocante: acredite ou não na filosofia, a fita é muito bem feita, a história é emocionante e os atores estão perfeitos.


Nelson Xavier não podia ter um sobrenome mais apropriado. Ele realmente ficou igual ao Chico Xavier que eu lembrava. No final do filme, quando são exibidos trechos da entrevista no programa Pinga Fogo com o verdadeiro Chico, a semelhança fica mais clara ainda.

Pela arte, pelo cinema nacional, pelo Espiritismo, pela vida do Chico Xavier, pelos atores, pela história. Seja qual for seu motivo: vale a pena!

Serviço:
Chico Xavier (2010)
Direção: Daniel Filho
Com: Nelson Xavier, Ângelo Antônio, Tony Ramos, Christiane Torloni e outros


domingo, 9 de maio de 2010

Feliz dia das mães!!!

Para todas as mulheres, mães, tias, filhas, sobrinhas, avós; já que, mães ou não, todas temos nosso famoso "instinto materno" e nosso poderoso "sexto sentido".

Mulheres
Luis Fernando Veríssimo
Certo dia parei para observar as mulheres e só pude concluir uma coisa: elas não são humanas. São espiãs. Espiãs de Deus, disfarçadas entre nós.

Pare para refletir sobre o sexto-sentido.
Alguém duvida de que ele exista?

E como explicar que ela saiba exatamente qual mulher, entre as presentes, em uma reunião, seja aquela que dá em cima de você?

E quando ela antecipa que alguém tem algo contra você, que alguém está ficando doente ou que você quer terminar o relacionamento?

E quando ela diz que vai fazer frio e manda você levar um casaco? Rio de Janeiro, 40 graus, você vai pegar um avião pra São Paulo. Só meia-hora de vôo. Ela fala pra você levar um casaco, porque "vai fazer frio". Você não leva. O que acontece?
O avião fica preso no tráfego, em terra, por quase duas horas, depois que você já entrou, antes de decolar. O ar condicionado chega a pingar gelo de tanto frio que faz lá dentro!
"Leve um sapato extra na mala, querido.
Vai que você pisa numa poça..."
Se você não levar o "sapato extra", meu amigo, leve dinheiro extra para comprar outro. Pois o seu estará, sem dúvida, molhado...

O sexto-sentido não faz sentido!

É a comunicação direta com Deus!
Assim é muito fácil...
As mulheres são mães!

E preparam, literalmente, gente dentro de si.
Será que Deus confiaria tamanha responsabilidade a um reles mortal?

E não satisfeitas em ensinar a vida elas insistem em ensinar a vivê-la, de forma íntegra, oferecendo amor incondicional e disponibilidade integral.
Fala-se em "praga de mãe", "amor de mãe", "coração de mãe"...

Tudo isso é meio mágico...
Talvez Ele tenha instalado o dispositivo "coração de mãe" nos "anjos da guarda" de Seus filhos (que, aliás, foram criados à Sua imagem e semelhança).

As mulheres choram. Ou vazam? Ou extravazam?

Homens também choram, mas é um choro diferente. As lágrimas das mulheres têm um não sei quê que não quer chorar, um não sei quê de fragilidade, um não sei quê de amor, um não sei quê de tempero divino, que tem um efeito devastador sobre os homens...

É choro feminino. É choro de mulher...

Já viram como as mulheres conversam com os olhos?

Elas conseguem pedir uma à outra para mudar de assunto com apenas um olhar.
Elas fazem um comentário sarcástico com outro olhar.
E apontam uma terceira pessoa com outro olhar.
Quantos tipos de olhar existem?

Elas conhecem todos...

Parece que freqüentam escolas diferentes das que freqüentam os homens!
E é com um desses milhões de olhares que elas enfeitiçam os homens.

EN-FEI-TI-ÇAM !

E tem mais! No tocante às profissões, por que se concentram nas áreas de Humanas?
Para estudar os homens, é claro!
Embora algumas disfarcem e estudem Exatas...

Nem mesmo Freud se arriscou a adentrar nessa seara. Ele, que estudou, como poucos, o comportamento humano, disse que a mulher era "um continente obscuro".
Quer evidência maior do que essa?
Qualquer um que ama se aproxima de Deus.
E com as mulheres também é assim.

O amor as leva para perto dEle, já que Ele é o próprio amor. Por isso dizem "estar nas nuvens", quando apaixonadas.
É sabido que as mulheres confundem sexo e amor.
E isso seria uma falha, se não obrigasse os homens a uma atitude mais sensível e respeitosa com a própria vida.
Pena que eles nunca verão as mulheres-anjos que têm ao lado.
Com todo esse amor de mãe, esposa e amiga, elas ainda são mulheres a maior parte do tempo.
Mas elas são anjos depois do sexo-amor.
É nessa hora que elas se sentem o próprio amor encarnado e voltam a ser anjos.
E levitam.
Algumas até voam.
Mas os homens não sabem disso.
E nem poderiam.
Porque são tomados por um encantamento
que os faz dormir nessa hora.

O Rei

Domingo agora acaba. Portanto, é menos uma dica e mais uma troca de experiências. A que me refiro? Claro, faltou essa informação: à exposição de 50 anos de carreira do Roberto Carlos, em cartaz na OCA (Parque do Ibirapuera) até amanhã (ou melhor, até hoje), dia 09 de maio.

Primeira constatação: visitei a exposição em uma terça-feira dia útil, à tarde. Estava cheia. Claro, estava cheia porque era o Rei. Mas é bom ver as pessoas interessadas em arte. Sim, porque pop também é arte e não apenas o erudito é bom. Erudito, clássico, pop, popular. Tudo tem coisas boas e ruins. Basta que a gente ache o que a gente goste e prestigie sem "pré-conceitos" (deste jeito mesmo!). O importante é que o brasileiro dê, cada vez mais, importância a arte, museus, shows, teatro e cultura de um modo geral.

Isto dito, passemos a algumas curiosidades da exposição. Como era permitido fotografar lá dentro, tirei alguns retratos (que palavra antiga... rs) para dividir com vocês algumas coisas interessantes da exibição.


 - RC e TIM
 Um dos duetos entre Roberto Carlos e Tim Maia







- Silvio Santos, um garoto:
Um dos muitos telões que mostravam trechos importantes da carreira de Roberto Carlos exibia um programa Silvio Santos. Olha a cara de jovenzinho do dono do baú. 






- Durma ao som do Rei:
No último andar, um estande com sofás circulares cheios de alto-falantes rolando o som do rei. Sim, os visitantes podiam sentar, deitar e viajar com as músicas.






- Prêmios
Grammys, Prêmio Multishow, Troféu Imprensa: o que não faltava era estátua e placa. Tinha inclusive, crianças, alguns discos (VINIL) de platina, como o que mostra essa foto.
  





 
 

- Jardim de Rosas
Para representar as flores jogadas pelo cantor ao final de suas apresentações, um imenso jardim de rosas foi montado dentro da Oca.



Se eu gostei da exposição? Achei bacana, principalmente a iniciativa de mostrar a obra de um artista nacional em um espaço muitas vezes distante do público que estava lá. Espero que seja a primeira de muitas.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

O sequestro do metrô 123

Um filme com Denzel Washington já é quase certeza de filmaço. O cara está se tornando um verdadeiro Al Paccino ou Morgan Freeman: se ele está no filme, 50% de certeza de ser bom já vem com ele. A mesma verdade pode não se aplicar a John Travolta, mas há também que se considerar que ele tem filmes invejáveis na carreira: Embalos de Sábado à Noite, Grease, Pulp Fiction. Enfim, vários clássicos, gostem ou não.

Assim, por causa do cast, única e exclusivamente por isso, lá fui eu assistir (na TV, peguei na locadora): O sequestro do metrô 123. O filme é um thriller sobre, como diz o título, um sequestro de um trem do metrô nova iorquino por uma gangue. Para quem gosta de policiais, vale muuuuuuuuuuuito a pena. Tudo de bom. Fica a dica para o final de semana.

Serviço:
O sequestro do metrô 123 (The Taking of Pelham 123)
Direção: Tony Scott
Com: John Travolta, Denzel Washington e outros

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Só se for com o Gerard Butler

*pode conter spoilers!

Outro dia, uma amiga minha, quase dez anos mais nova do que eu, me disse: "Dani, você precisa assistir à "A Verdade Nua e Crua", o filme é a sua cara e a protagonista é igualzinha a vc. Logo descobri que se tratava de uma comédia romântica sobre um mulher com talento profissional (valeu pela comparação, Paulinha!!!!), mas sem muita sorte na área amorosa. E um garanhão vem então ajudá-la a botar para quebrar.

Fiquei curiosíssima para ver e aproveitei o dia de férias para pegar a fita na locadora (sim, eu ainda uso a expressão "alugar/pegar fita na locadora". O filme é ótimo, leve, daqueles que a gente não fica olhando a caixa do DVD ou o marcador LCD para ver quantos minutos faltam para acabar. Previsível e feminino, é verdade, mas isso nem sempre é ruim.

Uma das características mais parecidas comigo, confesso, era a questão sobre o nível de exigência dos candidatos da protagonista. Ela tinha uma lista tipo "tem que ser bonito, perfumado, bem empregado, culto, romântico, forte, gostar disso, não gostar daquilo etc, etc, etc,". Vamos combinar que valeu a pena a lista? Ela acabou a lista com o Gerard Butler... rs... Mas, tudo bem, tudo bem: amigas e anjinho da guarda: se for para me enviar um homem tão tudo de bom igual ao Gerard Butler, prometo que não faço mais lista de exigências. Afinal, o Gerard Butler não precisa de check list, né?

Serviço
A Verdade Nua e Crua (The Ugly True, 2009)
Direção: Robert Luketic
Com: Gerard Butler, Katherine Heigl, entre outros

terça-feira, 4 de maio de 2010

Arte no parque

Passear no Ibirapuera é um prazer que poucas pessoas têm a chance diária de desfrutar. Eu sou uma das afortunadas. Mas, confesso, é raríssimo ir até ao parque. E não me lembro uma vez sequer que tenha ido por dois dias seguidos.

Se não gosto de parques? Não, não é isso. Estudei perto do parque da Aclimação e vira e mexe ia lá. Quando morei em Nova York também não dispensava por nada um passeio no Central Park. Acho que simplesmente o Ibirapuera para mim está tão disponível que eu acabo sempre deixando para "amanhã".

Mas, hoje resolvi que o dia bonito com céu azul, temperatura amena e de férias combinava perfeitamente com um passeio no parque. Coloquei um tênis, um cartão de memória carregado de músicas no BlackBerry, uma garrafa de água mineral na bolsa, óculos escuros e lá fui eu.

Mas minha andança não foi uma andança comum. Queria ver alguns dos museus e exposições artísticas do parque. MAM, MAC, OCA, Auditório do Ibirapuera, Bienal, Pavilhão Japonês, Jardim das Esculturas, Planetário, Museu Afro Brasil. São tantas atrações que fica difícil decidir por algumas poucas.

Escolhi a entrada do portão três, que fica colada no MAC (Museu de Arte Contemporânea). Chegando no prédio do MAC descobri uma coisa bem bacana: vc toca uma campainha e um carrinho (daqueles de campos de golfe) vem te buscar. Eu explico: o MAC fica no terceiro andar do prédio e não tem elevador. Dá para subir numa ótima pelas rampas sem os carrinhos, mas, se os temos... vale a diversão...

Lá dentro, o espaço imenso do MAC está pobrinho, coitado, meio pelado. Mas a exposição que está rolando agora vale uma olhada de perto: até dia cinco de maio de 2010, quem passar pelo museu, além de andar de carrinho, confere, de graça, a mostra "Cidades Imaginadas Iberoamericanas". Com fotos do cotidiano de diversas metrópoles da América Latina (principalmente), o evento é super bacana e vale muito a pena ser conferido. É pequeno, não vai atrapalhar sua caminhada pelo parque e ainda enriquece sua vida cultural. Gostei.

Saí de lá e fui para o MAM. Este, dos três que visitei hoje, era o que fazia menos tempo que eu ía. Na comparação, sai ganhando: parece o primo milionário do MAC - principalmente quando se saí de um para ir imediatamente para o outro. A exposição atual é sobre a vida e a obra de Flávio de Carvalho, modernista de destaque no mundo das artes do século passado. A exposição é suuuuuper bem feita, riquíssima, bem bacana. Por uma simples e pura questão de gosto pessoal, fico com a do MAC, mas a visita ao MAM é sempre obrigatória, claro. Aliás, o MAM, além das exposições, tem um restaurante super agradável e gostoso (apesar de o preço ser salgadinho); uma loja bonita; e vários cursos. É uma aula para outros museus.

Por último, resolvi conferir a atual mostra da OCA. Por dois motivos: o primeiro porque eu não pisava na OCA (#momentovergonha) desde que lá funcionava o Museu Brasileiro do Folclore. Segundo porque a exposição que estava rolando era a de 50 anos de carreira do Rei Roberto Carlos (que, por sinal, acaba no domingo agora). Sobre a mostra, posto umas fotos amanhã, prometo. Não me arrependi, foi um passeio bem bacana.

O mais importante do passeio foi fazer as pazes com o parque que eu tenho ao lado de casa, com a promessa de que dias melhores virão em nossa relação. Mas, tirando o aspecto emocional, as dicas são excelentes. Logo, logo, volto para ver o outro lado - Museu Afro Brasileiro, Pavilhão Japonês, etc.

Serviços:
Todos estes museus ficam dentro do parque do Ibirapuera, próximos ao portão de entrada número três.
 
Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (MAC - USP)
Horário de funcionamento: terça a domingo e feriados das 10h às 18h
Preço: Grátis

Museu de Arte Moderna (MAM)
Horário de funcionamento: terça a domingo e feriados das 10h às 17h30 (fecha às 18h)
Preço: R$5,50 (entrada gratuita aos domingos)

OCA
Preço varia de acordo com a exposição. É legal dar uma checada nos sites de acontecimentos culturais em São Paulo (Guia da Folha, Guia SP, Veja SP, etc) antes de ir. Sobre a exposição do Roberto Carlos, acontece até o próximo dia 09 de maio, domingo, das 10h às 21h, com ingressos (inteira) que variam de R$5,00 a R$20,00.

Ipiranga sempre foi Paulista?

Dia desses, só curtindo minhas férias em SP, resolvi ir até o glorioso museu do Ipiranga. Adoro história e, confesso, desde a sexta série do 2o grau (na minha época era assim que se chamava. Aliás, chamávamos mesmo de ginásio) não visitava o local. Eis que para minha surpresa, não foi só o segundo grau que trocou de identidade. O Museu do Ipiranga (agora?) se chama Museu Paulista da USP. Pior, acho que ele se chama Museu Paulista desde sempre - ou ao menos desde bem antes de eu nascer - e nunca ninguém me avisou. Aliás, eu duvido que se eu entrar em um táxi e pedir para me levarem no Museu Paulista que o taxista vai acertar tão rápido quanto se eu falar Museu do Ipiranga.

Anyway, peguei minhas coisas e lá fui eu para um roteiro no Ipiranga, com parada obrigatória no Museu do Ipiranga. Ups, ou melhor, o Museu Paulista da USP. O museu está exatamente do mesmo jeito que eu lembrava: com as aguinhas dos rios nos corrimões de sua pomposa escadaria principal.

É claro que mudam as exposições lá dentro. Mas, Ipiranga ou Paulista, o lugar é muito legal. Tudo bem organizado, artigos e peças com legendas e textos que prendem a atenção do visitante. Tem desde coisas super chocantes, como anúncios de jornais do século XIX procurando, vendendo ou leiloando escravos, até curiosidades como a rua 25 de março antes do comércio popular tomar conta do lugar.

Aliás, uma das coisas mais curiosas (e nojentas) fica, senão me falha a memória, no último andar do museu, nas exposições de mobiliários e cotidiano da sociedade no final do século XIX. É fácil passar desapercebido por estas coisas, já que são de fina porcelana, enfeitando uma ambientada sala de visitas lá nos idos de mil oitocentos e alguma coisa. Mas, quando você lê a plaquinha, ecaaaaaa. As coisas a que me refiro são escarradeiras. Sim, nossos tataravós e os pais e os avós deles achavam chiquérrimo dar uma cuspidinha na frente de todo mundo. Como todo mundo fumava e devia ter "altos pigarros", as escarradeiras eram última moda na sociedade paulistana. Eca, eca, eca, eca.

Outra coisa bacana de dar uma olhada é a Coleção do Banco Santos que está guardada (e à exposição) por enquanto, por decreto da Justiça Federal, lá no Museu Paulista.

Sem preconceito de museu, heim, gente? Para quem gosta de história ou simplesmente quer fazer um passeio diferente, vale a pena. O Museu Paulista ainda fica num parque super bacana. Enjoy!

Serviço:
Museu Paulista da USP
Endereço: Parque da Independência, s/n.º - Ipiranga - Tel: (11) 2065-8000
Horário de funcionamento: De terça-feira a domingo, das 9h00 às 16h45.
Valor da entrada: R$ 4,00 (inteira)
Mais informações sobre preços e horários, clique aqui.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Funny People. Tá rindo do que?

O título de um dos últimos filmes de Adam Sandler em português "Funny People" reflete exatamente minha opinião sobre o filme: Tá rindo do que? Cheio de talentos - como o próprio Adam Sandler que, sozinho, já é espetacular na minha opinião - o filme tem uma temática dramática demais para uma comédia e não consegue engatar nem em uma coisa nem em outra. E quando vc acha que finalmente o filme acabou, bang! Começa outro pedaço da vida do cara. Novamente, repito, adoro Adam Sandler. Mas a fita deixa a desejar.

Serviço:
Filme: Tá rindo do que? (Funny People - 2009)
Direção: Judd Apatow
Com: Adam Sandler, Seth Rogen, Leslie Mann, entre outros

domingo, 2 de maio de 2010

2012. E aí?

"A mil chegarás, de dois mil, não passarás!"

Quantas vezes eu ouvi esta frase entre os anos de 1977 e 1999? Milhares. Quando eu era pequena, sabia até que teria 22 para 23 anos na data do apocalipse. Era praticamente uma bobagem-certeza-incerta que abrigava o coração e as mentes de todos. Nunca me esqueço da sensação "montanha russa" quando começou a chover no reveillón de 1999 para 2000 (ok, de lá para cá chove todo ano, é verdade...). "Putz, tchau mundinho!", pensei. Mas, a chuva parou, o céu abriu, os fogos festejaram e 2000 passou. E passou 2001 (este sim, quando eu morava em NY e vi o mundo acabar um pouquinho, como acaba um pouquinho todo dia, mas isso é assunto para outro post). E 2002, 2003, 2004, 2005...

De repente, eis que a humanidade sente falta de brincar de adivinha. Pronto, agora é verdade: o mundo acabará em 2012. Terremotos, tsunamis e vulcões estão aí nos lembrando a cada momento que ele - o dia do Juízo Final - está chegando.

Balela. Veja bem: se acredita-se em profecias, muito provavelmente acredita-se em Deus - se alguém tem o poder de ver o futuro significa que este já está traçado. E por quem seria se não por uma Força Superior a nós, pobres mortais? Pois bem, Deus, com todo o seu poder, criou o mundo e provavelmente o destruirá no dia que achar que é o certo. Agora, não o vejo colocando um ano para isso (no caso de 2012, a profecia sugere inclusive uma data: 21 de dezembro). Se o Juízo Final viria exatamente para nos julgar de todos os nossos pecados, por que então Deus iria colocar uma data de julgamento? Só falta agora o pessoal vender ingresso para camarote no apocalipse.

Na verdade, isso é um assunto interminável. Acredito que, como diz minha mãe e já dizia minha avó, o mundo acaba para quem morre. Pelo menos este mundo aqui.  E, não será Deus ou o universo que acabará com o mundo. Do jeito que vai, nós mesmos, homens e mulheres, vamos ser os responsáveis por isso.

Mas, como todo mundo quer ganhar unzinho em cima da história de 2012, Hollywood não podia ficar de fora. O primeiro da série (sim, porque nisso eu acredito: virão outros), "2012", de Roland Emmerich, não faz feio. Para quem gosta de filmes-catástrofe e curte um efeito especial, a fita é recheada de cenas bem-feitas e impressionantes. A história é a mesma que a gente já sabe de outros filmes do gênero. Assisti ontem e gostei.

Agora, para quem quer mesmo falar sobre profecias, bem, dois recados: o primeiro é que segundo obras fictícias de Arthur Clarke, 2010 será o ano em que faremos contato (com quem, desculpa, ainda não sei. Não vi o filme, muito ficção científica para minha pessoa). E o segundo é que a profecia fim-do-mundo-pós-2012 já está traçada: se o mundo não acabar agora (e a história nos ajuda a provar que ele não deve acabar), já dizem que daqui uns 20 anos a Terra bate as botas. E começa tudo de novo.  

Serviço:
2012
Direção: Roland Emmerich
Com: John Cusack, Amanda Peet, Danny Glover e outros
Duração: 158 minutos

Sobre cintos, guardas e peitos

Estava no trânsito hoje, banco do carona. Minha mãe, dirigindo. Ambas de cinto de segurança. Conversávamos, ríamos. Final de tarde de sábado, indo ao shopping comprar presente de aniversário para meu avô. Mamãe fumava, os dois vidros estavam abertos. O da minha janela, bem aberto. Eu segurava minha bolsa no colo.

Farol vermelho, minha mãe, sempre prudente no trânsito, parou antes da faixa. Primeira da fila. Fila da direita. Continuamos a papear. Enquanto conversávamos, perdi meus olhos nas calçadas - tenho mania de mirar o desconhecido, o cotidiano ao redor. Muita gente me acha distraída, prefiro dizer que sou atenta até demais. De qualquer maneira, lá na esquina, parada, com dois policiais para fora, uma viatura da polícia militar. Ambos homens, os policiais aparentemente organizavam o trânisto e multavam.

Eis que um deles - devo admitir, um bonito exemplar masculino, fez bastante bem aos meus olhos - começa a se encaminhar em direção a nosso veículo. Mamãe e eu paramos de conversar. Mas, como é comum entre mães e filhas, nossa telepatia entrou em ação. Enquanto ela pensava que ele estava vindo em nossa direção para dar uma bronca nela por causa do cigarro, eu imaginava que ele ía puxar minha orelha por causa da bolsa no colo com o vidro aberto.

Talvez não fosse nada disso. Talvez, pensava minha mãe, o policial se encaminhava para multá-la. "Ah, Deus, uma multa. Como se já não bastassem todos os gastos que tenho todos os meses, mais uma multa. Ninguém merece ser multado. Mas meu carro está em ordem. Olha aqui o selinho do Controlar! Será que ele não viu? Claro que viu!"

Minha mente foi ainda mais longe. "Será que é um assaltante disfarçado de policial? Ai, que medo. Em São Paulo, a gente ouve tanta coisa. Mas assim, em plena luz do dia? Não, não é possível. Puuuutz, pode ser que ele pense eu sou uma ladra. Que eu estou sequestrando minha mãe. Nossa, será que a gente tava discutindo e ele viu? Não, acho que não. Não lembro de termos discutido na última hora. Shi, já tô viajando."

Claro que toda essa cena, do terceiro parágrafo deste texto para frente, aconteceu em pouquíssimos segundos. Com certeza, menos de um minuto. Era como um filminho em câmera lenta. De repente, eis que o policial chega para matar nossa curiosidade.

"Boa tarde, senhoras"
"Boa tarde" - respondemos em uníssono
"Tudo certo com o carro?"
"Sim" - mamãe respondeu rapidamente, lembrando em tudo o que tinha passado pela sua mente, enquanto escondia disfarçadamente o cigarro.
"Olha", começou o guarda dirigindo-se a mim, enquanto minha auto-estima levemente apareceu e sussurrou internamente que ele estava flertando. "Gostaria de orientá-la. Seu cinto de segurança está colocado errado."

Combinando minha auto-estima alta com o fato de minha mãe odiar usar cinto, imediatamente olhei para ela. Ele continuou:
"Não o dela, o seu"
Caí do cavalo.
"O meu? Por quê?"
"Veja, muitas mulheres usam o cinto como você porque eu sei que incomoda por causa do..., dos..." (enquanto isso a mão do guarda fazia uma leve mímica de morro, montanha ou algo do gênero). Eu e mamãe, italianas de descendência, desengasgamos o guarda:
"Dos seios" - disse eu.
"Ah, senhor guarda, é que ela acabou de passar por uma cirurgia mamária", completou minha mãe.

Pronto, agora o assunto eram os meus peitos. Eu, minha mãe e o guarda discutindo sobre os meus seios. Que maravilha.

"Sim, sim", voltou o senhor guarda. "Claro. Mas, veja bem. Se você sofrer um acidente, o cinto, da maneira que colocou (estava acima do busto e não em cima) quebra o seu pescoço".
"Credo, seu guarda, quebra meu pescoço? Que horror! Nossa obrigada por me alertar". E já fui corrigindo o tal cinto. Mamãe não se conteve e, como a aluna mais aplicada da sala, emendou:
"Ah, seu guarda, o meu está certo, né?"
"Sim, muito bom, o da senhora está perfeito."
E ela sorriu como uma aluna nota dez. Agradecemos ao guarda e o sinal abriu.

"Legal a polícia fazer isso"
"É. E bonito o guarda, não?"
"Pois é, lindo, menina"
"Devia colocar a história no seu blog"
(Risos)

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Esta história é uma crônica baseada em fatos reais, mas com vááááárias licenças poéticas. De qualquer maneira, agradeço ao policial que me ensinou a usar o cinto de segurança corretamente e à minha mãe que, além da carona, me deu a idéia de escrever sobre o "causo". 

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